Dados são de estudo feito pela Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag). Número é equivalente a 43% da força de trabalho no estado.

Estudo feito pela Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag), do Rio Grande do Sul, aponta que mais de 2,6 milhões de trabalhadores do estado se encaixam nas categorias consideradas economicamente mais vulneráveis, estando sujeitos, então, aos impactos causados pelas medidas adotadas com objetivo de frear o coronavírus. Leia o estudo completo.
São considerados como economicamente vulneráveis, para o estudo, aqueles que trabalham por conta própria, empregados sem carteira assinada e desocupados.
Segundo os dados da Seplag, esse número estimado de trabalhadores afetados representa 43% da força de trabalho no Rio Grande do Sul, sendo:
24% de trabalhadores por conta;
12% de trabalhadores sem carteira assinada;
7% de desocupados.
A pesquisa foi desenvolvida por pesquisadores do Departamento de Economia e Estatística a pedido do Comitê de Análise de Dados sobre os impactos e os principais desafios diante da pandemia.
A estimativa também abordou o panorama das pequenas empresas em atividade no estado. De acordo com os números, de um total de 212.450 estabelecimentos considerados, 68% estão no regime de tributação do Simples Nacional, sendo responsável por um terço dos empregos formais no Rio Grande do Sul.
A atividade de comércio representa 45% das empresas. O estudo ainda analisa que, mesmo as que migrarem para o e-commerce [comércio virtual], mas ainda assim terão uma diminuição no faturamento.
De acordo com os pesquisadores Pedro Zuanazzi e Raul Bastos, parte da equipe responsável pela pesquisa, os cenários analisados são ainda de uma realidade de pré-crise do coronavírus e que ainda é cedo para dimensionar o tamanho do impacto sobre as pessoas mais vulneráveis.
Auxílio emergencial de R$600

A pesquisa também analisou o número de empregados informais, desocupados e trabalhadores por conta própria que estão aptas a receber o auxílio emergencial de R$ 600 por mês do Governo Federal. O número é de que 598 mil pessoas poderiam receber, pelos ganhos que tinham antes da pandemia.
Além dos 239 mil beneficiários do bolsa-família, cerca de outros 359 mil trabalhadores poderão atender os requisitos que ficaram estabelecidos no programa federal, entre eles ser maior de 18 anos e renda domiciliar per capita de até meio salário mínimo.
Segundo o estudo, esse contingente de vulneráveis economicamente seria:
86 mil de informais
129 mil que trabalham por conta própria
144 mil desocupados
O auxílio, que começou a ser pago na quinta-feira (9), será para trabalhadores informais, desempregados, contribuintes individuais do INSS e MEIs.
Fonte: g1.globo.com
Texto: Covid - 19