
Esquenta seu café;
Coe seu chá;
Ou traga seu copo de água;
Vamos conversar.
Afinal, como tem sido essa experiência para cada um de vocês? Como foi enfrentar esses longos dias acompanhado de si mesmo?
Confesso, eu me descobri nesse período, sinto que a minha criatividade aflorou, dizem que em momentos de crise nós florescemos. Mas porque sempre estamos esperando por esse momento?
A minha veia criativa parece que voltou a pulsar e percebo que na minha volta foi o mesmo. Eu só queria entender porque nos reinventamos sempre na crise? Porque não pode ser respeitando o nosso tempo, sem aquela pressão de produtividade imediata enraizada culturalmente.
E não precisa ter medo de errar, ou de tentar, estamos vivos para isso. Vocês já pararam para apreciar a arte? E o quão poderosa ela é.
Os pinceis ganham vida e tudo que passa por ele se torna belo, seja Abstracionismo, Surrealismo, Cubismo ou até a Arte Moderna.
Tudo é belo do seu jeito. E assim somos, eu penso que somos uma bela tela e todos os dias podemos nos pintar como quisermos, e existem tantas maneiras de aflorar esse habilidade como: na maquiagem, no conserto daquele rádio que parou de funcionar, em costurar aquela blusa furada na axila e organizar aquela gaveta cheia de papéis.
“Na tela, no papel, na partitura ou no pincel; É lá que encontro o melhor e mais profundo da vida: a Arte.”
(Autor desconhecido)
Não estou dizendo que esse período deva ser um concurso de produtividade como tem se mostrado nas redes sociais, porque estamos enfrentando uma Pandemia. Mas que é importante olhar para dentro de si mesmo e acolher aquela dor que talvez esconda algo que nos torna único, sabe?
Nós curiosos, sobreviventes desse caos e dignos por nossa luta diária, temos algo em nosso coração que nos diferencia. Talvez só precisemos nos permitir a enxergar com mais carinho e ternura para descobrir.